terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Capítulo 44 (O Simbolo Perdido)


CAPÍTULO 44

O editor nova-iorquino Jonas Faukman estava apagando as luzes de seu escritório em
Manhattan quando o telefone tocou. Ele não tinha a menor intenção de atender àquela hora - não até
ver o nome de quem estava ligando no identificador de chamadas. Deve ser importante, pensou,
estendendo a mão para o aparelho.
– Nós ainda publicamos você? - Perguntou Faukman, em tom de brincadeira.
– Jonas! - A voz de Robert Langdon soava ansiosa. - Graças a Deus você está aí. Preciso da sua
ajuda.
Faukman se animou.
– Você tem algumas páginas para eu editar, Robert? - Finalmente, pensou Faukman.
– Não, eu preciso de uma informação. No ano passado, pus você em contato com uma cientista
chamada Katherine Solomon, irmã de Peter Solomon.
Faukman franziu as sobrancelhas. Nada de páginas.
– Ela estava procurando um editor para um livro sobre ciência noética. Você se lembra dela?
Faukman revirou os olhos.
É claro que eu me lembro. E muito obrigado pela apresentação. Ela não só se recusou a me
deixar ver o resultado da pesquisa, como não quis publicar nada antes de alguma data mágica no
futuro.
– Jonas, escute, eu não estou com tempo. Preciso do telefone de Katherine agora. Você tem?
– Preciso lhe dizer... Você está parecendo meio desesperado. Ela é bonita, mas você não vai
impressioná-la com...
– Não estou brincando, Jonas, preciso do telefone dela agora.
– Está bem... Espere aí.
Os dois eram amigos havia tempo suficiente para Faukman saber quando Langdon estava
falando sério. Jonas digitou o nome de Katherine Solomon em uma janela de busca e começou a
percorrer seu catálogo de endereços no gerenciador de e-mails da empresa.
– Estou procurando - disse Faukman. - E, aliás, quando você ligar para ela, talvez seja melhor
não telefonar da piscina de Harvard. Aí tem tanto eco que parece que você está ligando de um
hospício.
– Eu não estou na piscina. Estou em um túnel debaixo do Capitólio.
Pela voz de Langdon, Faukman sentiu que ele não estava brincando. Qual o problema desse
cara? 
– Robert, por que você não consegue simplesmente ficar em casa e escrever? - O computador
dele emitiu um bipe. - Beleza, espere aí... Pronto, achei. - Ele correu o mouse pela lista de e-mails. -
Acho que eu só tenho o celular.
– Serve.
Faukman lhe deu o número.
– Obrigado, Jonas. - Disse Langdon, agradecido. - Fico lhe devendo uma.
– O que você me deve é um manuscrito, Robert. Tem alguma ideia de quanto tempo...
A linha ficou muda.
Faukman olhou para o fone e balançou a cabeça. A vida de editor seria tão mais fácil sem os
autores...

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