terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Capítulo 48 (O Simbolo Perdido)


CAPÍTULO 48

No calor do momento, o agente Nuñez não tinha visto outra alternativa senão ajudar o
Arquiteto e Robert Langdon a fugir. Agora, porém, de volta à central de segurança no subsolo, ele
podia ver a tempestade se armando depressa. O chefe Trent Anderson segurava um saco de gelo
junto à cabeça enquanto outro agente cuidava dos hematomas de Sato. Ambos estavam reunidos com
equipe responsável pelas câmeras, repassando as imagens gravadas na tentativa de localizar Langdon
e Bellamy.
– Verifiquem as imagens de todos os corredores e saídas. - Ordenou Sato. - Quero saber para
onde eles foram! - Enquanto assistia àquilo, Nuñez começou a ficar enjoado. Sabia que era apenas
uma questão de minutos até encontrarem a gravação certa e descobrirem a verdade. Eu os ajudei a
fugir. Para piorar as coisas, uma equipe de quatro homens da CIA tinha chegado e se preparava ali
perto para sair atrás de Langdon e Bellamy. Aqueles homens não se pareciam em nada com a polícia
do Capitólio. Eram soldados de verdade: roupas camufladas pretas, óculos de visão noturna, armas
de aspecto futurista.
Nuñez achou que ia vomitar. Decidindo-se, gesticulou discretamente para o chefe Anderson.
– Chefe, posso dar uma palavrinha com o senhor?
– O que foi? - Anderson seguiu Nuñez até o corredor.
– Chefe, cometi um erro muito grave. - Disse o segurança, começando a suar. - Eu sinto muito
e estou pedindo demissão. - O senhor vai mesmo me mandar embora daqui a poucos minutos.
– Como é que é? - Nuñez engoliu em seco.
– Mais cedo, eu vi Langdon e o Arquiteto Bellamy saírem do prédio pelo centro de visitantes.
– O quê? - Berrou Anderson. - Por que você não disse nada?
– O Arquiteto me mandou ficar quieto.
– Você trabalha para mim, porra! - A voz de Anderson ecoou pelo corredor. - Bellamy esmagou
minha cabeça contra uma parede, cacete!
Nuñez entregou a Anderson a chave que Bellamy lhe dera.
– O que é isso? - Quis saber Anderson.
– Uma chave do túnel novo debaixo da Independence Avenue. Estava com o Arquiteto
Bellamy. Foi assim que eles fugiram.
Anderson ficou olhando para a chave, incapaz de falar.
Sato esticou a cabeça para dentro do corredor com um olhar atento.
– O que está acontecendo aqui?
Nuñez se sentiu empalidecer. Anderson ainda estava segurando a chave, que  Sato obviamente
tinha visto.
Enquanto a mulherzinha horrenda se aproximava, Nuñez improvisou da melhor forma que
pôde, na esperança de proteger seu chefe.
– Encontrei uma chave no chão do segundo subsolo. Estava perguntando ao chefe Anderson se
ele sabia de onde era. - Sato chegou perto e olhou para a chave.
– E o chefe sabe?
Nuñez ergueu os olhos para Anderson, que obviamente estava pesando cada alternativa antes
de falar. Por fim, o chefe fez que não com a cabeça.
– Assim no olhômetro, não. Tenho que verificar o...
– Não precisa. - Disse Sato. - Essa chave abre um túnel que sai do centro de visitantes.
É mesmo? - Disse Anderson. - Como é que a senhora sabe?
– Nós acabamos de encontrar a gravação. O nosso agente Nuñez aqui ajudou Langdon e
Bellamy a fugir e depois tornou a trancar a porta do túnel atrás deles. Foi Bellamy quem entregou
essa chave para Nuñez.
Anderson se virou para Nuñez com uma expressão irada.
É verdade?
Nuñez aquiesceu vigorosamente, seguindo com o joguinho de Anderson.
– Sinto muito, senhor. O Arquiteto me disse para não contar a ninguém!
– Estou pouco me lixando para o que o Arquiteto disse! - Gritou Anderson. - Espero que...
– Cale essa boca, Trent. - Disparou Sato. - Nenhum de vocês dois sabe mentir. Guardem a
encenação para o interrogatório da CIA. - Ela arrancou a chave do túnel da mão de Anderson. Seu
trabalho aqui acabou.

Nenhum comentário:

Postar um comentário