terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Capítulo 63 (O Simbolo Perdido)


CAPÍTULO 63
 
Em um bairro tranquilo imediatamente a oeste da Embassy Row, em Washington, existe um
jardim murado em estilo medieval cujas rosas, dizem, brotam de roseiras plantadas no século XII.
Conhecido como Shadow House, o mirante do jardim se ergue, elegante, entre sinuosas trilhas de
pedras extraídas da pedreira particular de George Washington. Naquela noite, o silêncio que ali
reinava foi quebrado por um rapaz que entrou correndo e gritando pelo portão de madeira.
– Olá? - Chamou ele, esforçando-se para ver à luz do luar. - O senhor está aí?
A voz que respondeu era débil, quase inaudível.
– Estou aqui no mirante... Tomando um pouco de ar.
O rapaz encontrou seu superior sentado no banco de pedra, debaixo de um cobertor. Era um
velho corcunda, frágil, cujos traços lembravam os de um elfo. Os anos haviam vergado seu corpo e
lhe roubado a visão, mas sua alma ainda era uma força digna de respeito.
Recuperando o fôlego, o rapaz disse:
– Acabei de... Receber um telefonema... Do seu amigo... Warren Bellamy.
– Foi mesmo? - O velho se animou. - O que ele queria?
– Não falou, mas parecia bem afobado. Ele me disse que deixou um recado na sua caixa postal
que o senhor precisa escutar agora mesmo.
– Foi só isso que ele disse?
– Na verdade, não. Ele me pediu que fizesse uma pergunta ao senhor. - O rapaz fez uma pausa.
Uma pergunta muito estranha. - Disse que precisava da sua resposta imediatamente.
O velho se inclinou mais para perto.
– Que pergunta?
Quando o rapaz repetiu o que Warren Bellamy havia perguntado, a nuvem que cruzou o
semblante do velho foi visível até sob a luz do luar. Na mesma hora, ele se livrou do cobertor e
começou a se levantar com dificuldade.
– Me ajude a entrar, por favor. Agora.

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