CAPÍTULO 8
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Robert Langdon parou na soleira da porta do Salão Nacional das Estátuas, petrificado, e
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estudou a surpreendente cena à sua frente. A sala era exatamente
como ele se lembrava - um
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semicírculo harmonioso, construído no mesmo estilo de um anfiteatro
grego. As graciosas paredes
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curvas de arenito e marmorino italiano eram pontuadas por
colunas de breccia multicolorida,
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entremeadas pela coleção nacional de estátuas - esculturas em tamanho natural
de 38 norte-
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americanos importantes, dispostas ao redor de um vasto espaço revestido com ladrilhos de mármore
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preto e branco.
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Tudo estava do mesmo jeito que no dia da palestra que assistira
ali.
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Exceto por um detalhe.
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Desta vez, o salão estava deserto.
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Nada de cadeiras. Nada de espectadores. Nada de Peter Solomon.
Apenas um punhado de
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turistas zanzando para lá e para cá, alheios à entrada triunfal de Langdon. Será que Peter quis dizer
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na Rotunda? Ele espiou pelo corredor sul na direção da Rotunda e viu turistas
circulando por lá
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também. Os ecos das badaladas do relógio haviam silenciado. Agora Langdon
estava oficialmente
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atrasado.
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Ele voltou às pressas para o corredor e
encontrou um guia turístico.
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– Com licença, onde será a palestra do evento do Smithsonian
hoje à noite?
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O guia hesitou.
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– Não saberia dizer, senhor. Quando vai começar?
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– Agora!
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O homem balançou a cabeça.
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– Não estou sabendo de nenhum evento do Smithsonian hoje à noite... Pelo menos não aqui.
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Atarantado, Langdon voltou depressa para o meio do salão, correndo os olhos por todo o
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espaço. Será que isso é algum tipo de brincadeira de Solomon? A hipótese lhe parecia inimaginável.
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Sacou o celular e o fax recebido naquela manhã e discou o número de Peter.
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O telefone levou alguns segundos para captar um sinal dentro do
imenso prédio. Por fim,
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começou a tocar. O conhecido sotaque sulista atendeu.
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– Escritório de Peter Solomon, Anthony falando. Em que posso ajudar?
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– Anthony! - disse Langdon, aliviado. - Que bom que você ainda está aí. Aqui é Robert
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Langdon. Parece que está havendo alguma confusão em relação à palestra. Estou no meio do Salão
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Acho que não, professor. Deixe-me verificar. -
O assistente fez uma pausa. - O senhor
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confirmou diretamente com o Sr. Solomon?
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Langdon ficou confuso.
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– Não, eu confirmei com você, Anthony. Hoje de manhã!
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– Sim, eu me lembro disso. - Houve um silêncio na linha. - Foi um pouco
descuidado da sua
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parte, não acha, professor? - Àquela altura, Langdon estava
totalmente alerta.
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– Como disse?
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– Pense no seguinte... - disse o homem. - O senhor recebeu um
fax pedindo-lhe que ligasse
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para um número de telefone, o que fez sem titubear. Falou com um total
desconhecido que se
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apresentou como assistente de Peter Solomon. Em seguida, o
senhor embarcou por livre e espontânea
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vontade em um jatinho particular para Washington e entrou em um
carro que o estava aguardando.
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Correto?
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Langdon sentiu um calafrio percorrer seu corpo.
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– Quem está falando, droga? Onde está Peter?
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– Infelizmente, acho que Peter Solomon não tem a menor ideia de que o senhor
está em
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Washington hoje. - O sotaque sulista do homem desapareceu, e sua
voz se transformou em um
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